
Agente do SIC
Agente do SIC acusado de 'executar' jovem universitário dentro do patrulheiro.
Um
agente do Serviço de Investigação Criminal (SIC), está a ser acusado de
executar um jovem de nome Januário Miguel Francisco, também conhecido por
Paizinho, de 22 anos de idade, estudante universitário, 3º ano, no curso de
Contabilidade e Gestão, no Bairro Caop-B, Município de Viana.
De
acordo com a mãe do malogrado, Suzete Gomes Miguel, de 44 anos de idade, ela
própria chamou os efectivos do SIC, depois de, na madrugada de sábado, 12, ter
sofrido um assalto na sua residência. Aliás, conta, foram três casas assaltadas
numa só sentada.
Na manhã de sábado, decidi ligar para a unidade do policial mais próximo, conhecido por posto do Calukango, foi daí que, por volta das 12 horas, surgiram três agentes do SIC, sendo um deles o Gerson Fortunato, explicou.
“Depois
de observarem os danos”, conta, os efectivos sugeriram levar o seu filho,
alegando que tinham já apreendido algumas coisas e que precisavam apenas da
presença do filho para reconhecer.
Eu disse que iria como mãe e dona das coisas, os agentes rejeitaram categoricamente, o Gerson, de seguida, algemou o miúdo e ordenou-lhe que subisse na viatura, eu insisti em acompanhar, mas eles convidaram-me a seguir de moto, mesmo havendo muito espaço na viatura Toyota Land Cruiser, de cor branca, com os vidros fumados, onde eles estavam”.
Segundo
a mãe do malogrado, tão logo chegou a Esquadra, por volta das 12h30, foi
informada que a patrulha acabava de sair com o rapaz, para algumas diligências
nos arredores do bairro.
“Regressei à casa, na esperança de ser
contactada”.
Por
volta das 19horas, avança a nossa entrevistada, o delegado municipal do
SIC-Viana, Manuel dos Santos, ligou para senhora, convidando-a fazer-se
presente no Comando Municipal de Viana.
Quando lá cheguei fui recebida por ele, entre rodeios, disse que eu tinha que chamar mais alguém da família, e se fosse um homem melhor. Como mãe, senti uma dor estranha e gritei vocês mataram o meu filho, pedi que dissessem a verdade porque eu era a mãe do miúdo, então um dos agentes que estava na sala, disse que eu tinha que saber que o meu filho estava morto, chorou.
O
SIC matou o meu filho pelo facto de eu ter feito uma denúncia de assalto a
minha própria residência? Quero uma explicação para saber como isso é
possível”, pediu em lágrimas.
Segundo
Suzete Miguel, o chefe do SIC começou por responder que os agentes
encontravam-se estacionados por detrás da sua rua, com o seu filho dentro da
viatura, junto de uma vala de drenagem, e quando saíram para averiguar uma
situação, encontraram o jovem morto.
Outro
agente disse que a patrulha foi invadida por meliantes que dispararam contra a
viatura.
O chefe do SIC depois mudou de conversa, e disse que o meu filho tentou confrontar o agente, e este ao se defender alvejou o miúdo…mas isso é outra mentira, convido o Jornalista a ir junto a vala e perguntar aos vizinhos se ouviram algum disparo, eu vivo junto a vala e ninguém ouviu nada, eles executaram o meu filho dentro da patrulha, deplorou.
Quero justiça, e quero antes saber as verdadeiras razões que levaram estes agentes a matar o meu filho, o meu primogénito, exigiu.
De
acordo com o laudo médico, a bala terá entrado no abdómen, e saiu pelas
costelas do lado direito
O
NA MIRA DO CRIME sabe que o malogrado foi a enterrar ontem, quarta-feira, 17,
no Cemitério da Santa Ana.
Créditos: Assunção News
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